Onde estará a nossa identidade?
Viva,
Faz algum tempo que não damos notícias. Seguramente andamos ocupados.
Venho falar de um aula que tive há uns meses.
Um professor convidado foi-nos falar de análise de jogo. è alguém que tem uma extensa base de dados, apesar de jovem. Analisa minuciosamente as equipas e tem estudos publicados. Vai mesmo ao pormenor: centros, passes curtos, passes, compridos, passes ao espaço em profundidade, passe ao pé, perdas de bola, ... chega ao ponto de contar tudo isso numa jogada. Faz bem? A meu ver sim pois conhecerá seguramente melhor o jogo.
Assim sendo, disse-nos que após um centro a maior parte dos golos que acontecem são ao segundo poste. Resultado: a sua equipa treina segundo este acontecimento. Estará isto bem? Que pensam?
Eu digo que não. Não vejo que o estudo da maior probabilidade do acontecimento, feito com base numa análise dum torneio como o mundial possa ajudar a minha equipa, ainda que seja ela uma equipa de alto rendimento.
O que este senhor nos está a querer dizer é que temos de treinar de acordo com o outro, ou os outros. Esta sim é a verdade da sua palestra. Treinar assim não nos leva a perder a nossa identidade? Onde estarão as nossas características? Quais serão então os nosso pontos fortes?mesmo os fracos? mais que não seja para treina-los?
Analisamos as partes mas esqueçe-mo-nos do todo.
Creio que deixámos os temas da fisiologia, biomecânica para entrar nos do jogo. Mas entrámos mal. A meu ver com o pé esquerdo.
O tempo o dirá,
GRG
Faz algum tempo que não damos notícias. Seguramente andamos ocupados.
Venho falar de um aula que tive há uns meses.
Um professor convidado foi-nos falar de análise de jogo. è alguém que tem uma extensa base de dados, apesar de jovem. Analisa minuciosamente as equipas e tem estudos publicados. Vai mesmo ao pormenor: centros, passes curtos, passes, compridos, passes ao espaço em profundidade, passe ao pé, perdas de bola, ... chega ao ponto de contar tudo isso numa jogada. Faz bem? A meu ver sim pois conhecerá seguramente melhor o jogo.
Assim sendo, disse-nos que após um centro a maior parte dos golos que acontecem são ao segundo poste. Resultado: a sua equipa treina segundo este acontecimento. Estará isto bem? Que pensam?
Eu digo que não. Não vejo que o estudo da maior probabilidade do acontecimento, feito com base numa análise dum torneio como o mundial possa ajudar a minha equipa, ainda que seja ela uma equipa de alto rendimento.
O que este senhor nos está a querer dizer é que temos de treinar de acordo com o outro, ou os outros. Esta sim é a verdade da sua palestra. Treinar assim não nos leva a perder a nossa identidade? Onde estarão as nossas características? Quais serão então os nosso pontos fortes?mesmo os fracos? mais que não seja para treina-los?
Analisamos as partes mas esqueçe-mo-nos do todo.
Creio que deixámos os temas da fisiologia, biomecânica para entrar nos do jogo. Mas entrámos mal. A meu ver com o pé esquerdo.
O tempo o dirá,
GRG
posted by Gonçalo Ramos Garcia @ 00:05
2 Comments:
At 10:52 da tarde,
Anónimo said…
olá
encontrei o teu blog por acaso. e se me permite-se vou comentar.
Essa tal base de dados que falas, diz-me muito pouco, é apenas um dado estatistico resume uma saída motora. Não vejo onde é está a verdadeira ciência em conhecer assim os jogadores. Toda a gente ve isso. Se fizesse uma base de dados em que disse-se em que circusntancias perdeu a bola, em que fez um mal passe, ai sim poderia ser útil. E já viste a imensidade de factores que se tinha de basear?
Quanto à probabilidade de marcarem golo no 2ª poste...Se calhar devia ir perceber o porquê não marcam no 1ª poste. Pelos jogos que vejo, simplesmente porque os jogadores estam formatados à aparecer no 2ª poste. São milhares as vezes que podem aparecer no 1ª poste. Lisandro Lopes deve ser o unico jogador português a fazer isso como ninguém. E depois claro. O melhor marcador. Mas quando se tarta do deve ou não deve treinar. Isso depende das caracteristicas de cada jogador e das suas capacidades. Será que vale a pena treinar o Nuno Gomes para o 2ª poste? a bola demora mais tempo a chegra, dá tempo aos defesas de lá irem, e como ele tem medo de estar entre os defesas, recua, logo nem sequer tenta cabecear a bola.
Concordo com o teu último paragrafo ;)
At 10:51 da tarde,
Anónimo said…
Grande Gonçalo
Antes de mais, parabéns pelo teu blog que leio com frequência, embora não comente muito porque como sabes o futebol não é o meu desporto.
Neste caso concreto tenho de concordar contigo.Não é que esteja em desacordo com a análise extensiva do jogo, mas temos que saber transferir todos estes aspectos para a população em que estamos a trabalhar e adaptar a informação ao nível e às características da competição em que competimos. Não por uma questão de identidade mas porque pura e simplesmente não me parece ter utilidade para além da formativa.
"A verdade é o todo e não a soma das partes." - Hegel
Um abraço
Filipe Carrasco Soares
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