Futebol Formação - Futebol Inteligente

Para quem acredita que jogar bem é jogar com a cabeça

2007-05-14

Previsibilidade táctica?

Viva,
Últimamente temos visto os desaires da equipa treinada por José Mourinho. Para felicidade de uns ou tristeza de outros o Sr. Mourinho também perde campeonatos. E porque é que isso acontece? Seguramente por várias razoes, sendo que aqui vou falar da metodologia de treino que aborda - Periodizaçao táctica.
Esta metodologia, centrada no modelo de jogo busca a organizaçao da equipa nas distintas fases. Nao direi que outras nao buscam mas, esta faz da organizaçao um baluarte.
Este ano a equipa de José Mourinho tornou-se previsivel. E porquê? devido a esta metodologia que nao permite aos jogadores grandes desvios daquilo que é o padrao de jogo da equipa. Assim, sendo as equipas adversárias conhecedoras das características do jogo do Chelsea, melhor se preparam para as acções da mesma.
O jogo do Chelsea tornou-se um jogo prevísivel além de pouco atraente, sem grandes oscilações.
É verdade que esta metodologia pode trazer grandes frutos às equipas que a aplicam, principalmente ao nível da organização táctica contudo as alterações na forma de jogar são mínimas.
Enfim, o mundo não é perfeito, e menos esta metodologia,
Saudações,
GRG

16 Comments:

  • At 10:18 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Não acredito que a época menos positiva de Mourinho e da sua equipa se deva ao facto de utilizar a periodização táctica.
    Existe algo mais positivo que uma equipa organizada e perfeita no conhecimento dos diferentes momentos de jogo e fundamentalmente no modelo de jogo que o seu treinador definiu?
    Na minha opinião, todas as metodologias deviam centrar-se na organização, no dominio e conhecimento por parte de todos os jogadores dos principios de jogo que definem o modelo de jogo. Prefiro um jogador com menor capacidade fisica em determinada altura da época mas tacticamente perfeito que o contrário.
    Penso que o Chelsea complicou a sua época por ter um plantel curto e por ter sido obrigado pelas lesões a jogar quase sempre no mesmo sistema, com estratégia de jogo adaptada a esses jogadores. Assim sendo, foi-se tornando uma equipa "previsivel" e com poucas variações na sua forma de jogar e na sua estratégia de jogo.
    Concordo quando diz que esta metodologia não é perfeita, mas é na minha forma de pensar a "quase perfeita".
    Saudações.
    André Monteiro

     
  • At 3:05 da tarde, Blogger Gonçalo Ramos Garcia said…

    Viva André,
    A periodizaçao táctica é também uma metodologia que eu acredito. Nas provas de regularidade ela poe-se em evidencia e os resultados sao bastante positivos, dependendo também da qualidade da equipa e do treinador. A verdade é que esta regularidade, esta organizaçao, que nem todos sao capazes de criar, nao permite jogos "extravagantes" ou imprevisiveis que outras equipas conseguem aplicar.
    Quanto à perfeiçao da metodologia muito de pode falar. A táctica faz parte do futebol, mas atençao, o futebol mata os jogadores, devido à especificidade que o corpo nao está preparado e isto tem de se ter em conta.
    Saudaçoes,
    GRG

     
  • At 5:45 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Desculpa Gonçalo mas não concordo nada com esta tua análise.
    Quem viu o jogo Arsenal x Chelsea, em que com 10 jogadores e sem Drogba (que como sabemos marca decisivamente os padrões de jogo que emergem da organização ofensiva da equipa) a equipa conseguiu adaptar-se, reduzir a desvantagem no marcador e dominar o adversário em quase todos os aspectos de jogo.
    Se há coisa que o José Mourinho defende e operacionaliza é a manutenção da imprevisibilidade e a criatividade dentro da organização. Penso ser demasiado pretensioso tentares estabelecer uma relação linear entre os resultados desportivos e a metodologia de treino, contudo todos temos direito à nossa perspectiva sobre os fenómenos, como é óbvio.
    Um abraço!

     
  • At 9:48 da tarde, Blogger Gonçalo Ramos Garcia said…

    Viva Ricardo,
    Relação linear entre resultados desportivos e metodologia de treino? Não me parece que o tenha feito.
    Quanto temos uma equipa organizada, sabemos que não conseguiremos fazer muito para além desta organização. Atenção, não digo que a organização seja algo mau, antes pelo contrário, o que digo é até a favor da periodização táctica. A organização que, penso eu, todos os treinadores buscam traz limites à equipa.
    A meu ver há equipa que não sabemos o que esperar delas a nível de rendimento, muito pela falta de organização. São equipas que vivem muito das emoções, o rumo que o jogo toma...
    Não me parece nada que o Chelsea seja uma destas equipas, aliás, será a antitese. O que me parece é que a equipa de José Mourinho, bem como o Liverpool, para dar outro exemplo, independentemente da qualidade de jogadores e treinadores tornaram-se equipas mais prevísiveis.
    Mas parece-vos ou não que as equipas que trabalham demasiado a táctica (e falo sobretudo a nível defensivo), e creio que o fazem bem, tornam-se equipas previsíveis?
    É verdade que são também equipas com resultados bastante positivos, contudo quando outras equipas com estilos de jogo diferente aparecem estas têm grandes dificuldades em superá-los.
    GRG

     
  • At 6:34 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Acho que a periodizaçao tactica(PA) nao é so isto, de organizaçao, treino dos principios etc... periodizaçao tactica no seu modelo lacto, e basicamente a junçao de 4 dominios no futebol, nao há separaçao em dominios. Dominio fisico, tactico , tecnico e pesicologico. Para alem de mourinho com a PA treina aquilo que ele que que os jogadores façam no jogo, logo, á partida ele conhecerá tambem como a equipa adversaria joga, e no treino ele periodiza isso. tambem acho que os adversarios de mourinho conhecendo o seu modelo de jogo, nao iriam abdicar, de treinar o seu proprio modelo, so porque sabe tudo sobre o chelsea..e suas movimentaçoes etc etc. a muitos factores para este ano mourinho nao ter ganho o campeonato, um deles chama-se Manchster united que a nivel interno no campeonato, teve excelente. e superou mourinho.

     
  • At 12:06 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Até agora tudo bem... mas onde é que vem definido o que e´isso de periodização táctica? nunca vi definido. Será que não será só um nome para publicitar algo que, p . ex., Carlos Queiroz já fazia há muito tempo? como é posivel dizer que se acredita em algo que nunca ninguém definiu? é uma metodologia de treino baseada em que conhecimento cientifico? qualquer metodologia, e qualquer processo de treino pode ter sucesso dependendo da qualidade do treinador... mas é preferivel dizer que so a "periodização táctica" é dependeste destes factores?
    se conseguissem referir bibliografia cientifica que confirme a esse modelo de periodização, será que a podiam partilhar?...ah... os livros sobre o mourinho não contam, nem a tese do Rui Faria.

     
  • At 12:12 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    desculpem, mas esqueci-me no post anterior... como é possivel estarmos a falarmos de um modelo de periodização em que alguém aparece e diz: "Acho que a periodizaçao tactica(PA) nao é so isto, de organizaçao, treino dos principios etc... ", por muito que todos acreditemos que Matveiev, e a sua periodização fizeram muito mal aos JDC, temos de reconhecer que eta tinha algum rigor... isto para não falar em Verkojhanskij ou Cometti.
    Acho que essa clarificação de conceitos seria importante. Mas se calhar sou só eu?

     
  • At 3:33 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Acho muito interessante a curiosidade científica do comentário anterior. Também acho que o caminho seguido pelo mentor da Periodização Táctica (Vitor Frade) não tem sido o melhor...a rejeição ao método científico e ao paradigma da quantificação que tem caracterizado a tentativa de impôr essa metodologia, diria até essa filosofia de treino, tem conduzido a que a sua validação científica não tenha sido ainda feita..contudo, existe já um corpo de conhecimentos bastante sólido na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. A Periodização Táctica tem sido objecto de estudo em algumas teses de licenciatura e de mestrado, o que já revela uma aproximação científica ao fenómeno, contudo faltará concerteza um doutoramento que invista fortemente na validação científica desta teoria. Se assim não for, o seu mentor arrisca-se a ser denominado de líder religioso de uma qualquer seita, que apenas pelas suas palavras e dom de comunicação consegue fazer acreditar os seus "fiéis"! Penso que a fundamentação teórica que já existe, e que deriva fundamentalmente de conhecimentos provenientes da teoria dos sistemas dinâmicos, das teorias do caos e da complexidade e das recentes investigações em neurociências, são valiosíssimos!
    Para quem quiser informações, tire uns dias e "perca-se" na biblioteca da Fadeup no Porto. Quanto a mim, sou como aqueles cristãos que praticam os princípios inspiradores mas não dizem AMÉN porque simplesmente têm fé...

     
  • At 12:59 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    "Penso que a fundamentação teórica que já existe, e que deriva fundamentalmente de conhecimentos provenientes da teoria dos sistemas dinâmicos, das teorias do caos e da complexidade e das recentes investigações em neurociências, são valiosíssimos!"

    Obrigado pelo comentario, é pena que os comentarios no blog não sejam mais frequentes.
    quanto a transcrição das suas palavras e ao seu comentario... por certo deve saber que há metodos qualitativos para investigar sem recorrer á quantificação mas á qualificação (qualidade de dados e não quantidade). a minha questão original passava mais por saber até que ponto essa periodização tactica não será um nome diferente para algo feito por outros treinadores que subjugam todos os factores de treino á tactica, e deixie o exemplo de C. Queiroz.
    relativamente ao conhecimento disponivel na FADE, temos de reconhecer que é muito básico, e tal como foi dito, mais parece um culto religios... cito 3 ex. monografia de Faria, Rui (1999): é uma leitura filosófica e com pouco de sustentação cientifica, apenas baseada em Frade e Le Moigne (pessoalmente prefiro E. Morin, e a sua complexidade que em muito ultrapassa a perspectiva sistemica, tb por vezes aqui falada no blog); Carvalhal, C. (2001): desta o tema é a especificidade, mas quando vamos a verificar a que especificidade se refere, freq. cardiaca max!, ou seja revisão sobre tactica e cheia de artigos de jornal (o que e bastante válido, de passagem), e investigação sobre a FCMax; Freitas, simao: é sobre as citadas no seu comentário neurociencias, neste caso sobre as emoções, mas que informação é que possui? não recolhi muita, alias a indução que os termos que Damasio utiliza em correspondencia umas x com o MJ e outras x com os principios revela que é para "dançar de acordo com a musica". es~tes são os trabalhos que conheço, se calhar há mais, reconheço essa minha falha... se mos pudesse referir!
    quanto aos SD, Caos, e a complexidade, e é bom saber que estes temas já são de maior conhecimento de pessoas interessadas pelo treino, de certeza pelo grande trabalho realizado pelo Doutor Duarte Araujo, na minha opinião o sucesso passa pelos conhecimentos dessas ciencias (SD, Caos)e pela utilização desse paradigma, que se salienta pela não obsseção pela quantificação (referida no seu comentario), entre outros aspectos.

    espero que possa comentar este meu comentario, passe a redundancia, ou rebate-lo... ficando expreso que nao tenho nada contra a PTact, apenas penso que é uma forma de periodizar o treino já utilizada por outras pessoas, e que está presente nos trabalhos dessas pessoas, embora sem ter de a catalogar como Ptact.
    acabo com a sua frase "Quanto a mim, sou como aqueles cristãos que praticam os princípios inspiradores mas não dizem AMÉN porque simplesmente têm fé... " desde que pratiquemos aquilo em que acreditamos estamos no bom caminho, o nosso caminho.

     
  • At 1:54 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Ah... e gostaria de perceber como diz que a teora do caos pode suportar a Ptact, pq se voce quer que a sua equipa "organizada e perfeita no conhecimento dos diferentes momentos de jogo e fundamentalmente no modelo de jogo" (1º post)onde entra o comportamento caotico?

     
  • At 11:38 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Caro blogger, no sentido de dar continuidade a esta partilha de opiniões, e não para responder ou refutar o que disse, começo por dizer-lhe que infelizmente não conheço o trabalho que o professor Carloz Queiróz desenvolve na actualidade tão bem como gostaria. Penso que o seu trabalho neste momento deve ter sofrido também algumas evoluções, porque sei que ele se preocupa constantemente em actualizar-se...mas desconheço sinceramente. Uma coisa é certa, se há treinadores no mundo que não precisam demonstrar a qualidade do seu trabalho a ninguém, ele é certamente um deles! A única coisa que sei é que, os próprios alunos que se têm dedicado a fazer trabalhos de índole qualitativo (como referiu) na FADE dedicados a diversos aspectos da PT têm frequentemente entrevistado o prof Carlos Queiróz! Certamente aconselhados pelo seu orientador e mentor da PT, que reconhecerá a qualidade do trabalho desse treinador! Aliás, se tiver oportunidade de ler alguma dessas entrevistas reparará que a linguagem utilizada por Carlos Queiróz se distancia um pouco da matriz referencial da linguagem da PT, contudo, em termos de conteúdo acabam por convergir em grande parte dos aspectos questionados.
    Contudo, penso que a PT (com ou sem validação científica) vem trazer uma forma de sistematizar e organizar o treino no futebol que eu não encontro em nenhum outro modelo de periodização (e Carlos Queiroz também não se preocupou em sistematizar nenhum). Penso ser extremamente positivo o "novo conhecimento" que esta corrente tem aportado, só me custa conviver com o extremismo e radicalismo evidenciado pelos seus defensores incondicionais...se repararmos bem, de todas as ideias-chave da PT, poucas são originais...contudo, a conjugação de ideias e princípios metodológicos, enquadradas no referencial teórico da TSD e da complexidade trazem, para mim, uma perspectiva diferente de olhar para o jogo e para o treino. Repito "para mim". Algumas ideias-chave da PT têm pontos de conexão com as ideias de alguns autores e treinadores, tal como: a utilização do microciclo (ou morfociclo) padrão como unidade básica de planeamento já foi experimentado por Monge da Silva na década de 80, a inseparibilidade dos factores de rendimento já estão patentes no modelo de periodização de Boundartchouk (década de 80), a organização de jogo como objectivo prioritário do periodo preparatorio também é defendida por Queiroz desde 80. O conhecimento novo resulta da proposta de operacionalização do treino através de novos conceitos que, obviamente geram novas dinâmicas de trabalho, enquadradas numa sólida e coerente matriz teórica da TSD. A forma como se perspectiva a criação do modelo de jogo adoptado, a partir da ideia de jogo do treinador, das capacidades e caracteristicas dos jogadores, numa lógica sistémica em que as "partes" são operacionalizadas numa clara dependência do "todo" referencial (de acordo com a lógica da geometria fractal), a forma como é operacionalizado o microciclo semanal, com claro ênfase no (supra)princípio da Especificidade (com "E" maiúsculo - Especificidade/Modelo), mesmo nos dias de recuperação, a operacionalização do treino com recurso a fracções de intensidades máximas relativas (sempre associadas à Concentração nos princípios do MJA), a defesa dos princípios metodológicos da progressividade, da alternância horizontal e das propensões (este último que permitem a emergência dos padrões de jogo "não mecânicos"), a interpretação da transdisciplinaridade das investigações das neurociências, trazendo "à baila" aspectos relacionados com o hábito motor como um "saber fazer que se aprende na acção", assim como o importante papel que a interpretação da hipótese do marcador-somático pode ter na actuação do treinador durante os exercícios e as sessões. A relação estabelecida entre todos estes aspectos, mesmo que não originais cada um per si, aportam um corpo de conhecimentos que chamaria no mínimo de "extremamente interessante e inovador"! Espero ter ajudado à discussão e prometo voltar a comentar se a discussão se mantiver. Abraços...

     
  • At 12:52 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Acho que a nossa discussão, no sentido positivo, tem sido interessante e por isso claro que é para manter.
    a minha questão inicial está patente no seu post: Já C.Q. falava da organização de jogo como base do treino de uma equipa, e como é salientado por si, sem recorrer aos termos (não conceitos porque nunca os vi definidos) utilizados pelos acólitos da Ptac, que por vezes discutem um assunto superficialmente e sem outros argumentos que não sejam os argumentos de outros, parecendo ocasionalmete os treinadores feitos da experiencia do campo, embora utilizando outra linguagem, nas afirmações superficiais e infundadas e não reconhecendo argumentos válidos a questiornar a sua fé (embora uns considerando que a Ptact é uma coisa e outros considerando outra, fruto da falta de um quadro conceptual na minha opinião). este meu comentário e exemplo de C.Q. não tem como base o trabalho diario mas trabalhos publicados e entrevistas, em que o mesmo sempre primou pelas preocupações com a organização da equipa no seu modelo de jogo. recorrendo ao seu post gostaria de saber o que principios são: a alternancia horizontal; e as propensões? por acaso tive acesso a um dossier de futebol de um aluno da dita faculdade e não vi a definição. eu, pessoalmente tive conhecimento desses principios nun livro sobre J.M. (não recordo o titulo) mas nao os vi definidos, apenas um exemplo geral da sua aplicação... eu que não percebo muito de um qualquer desporto individual poderia apresentar uma aplicação de um qualquer principio, sem a fundamentar e dizer que aquele principio era a descoberta do seculo.
    quanto ao habito e á definição de habito, encontro uma contradicção com a TSD, pois "saber fazer que se aprende na acção" (outra "frase feita" que embora sob forma diferente se encontra em diversos outros autores nao associados com a ptact)é algo contraditório reltivamente, á adaptação intencional aos contextos atraves do controlo dos graus de liberdade, como definição do que é o comportamento motor e a sua aprendizagem segundo a perspectiva da TSD. Encontro algumas diferenças no nosso pensamento relativamente ás neurociencias, pois enquanto voce escolhe o hipotese do marcador somatico, que eu associo, se calhar erronemente, a processos cognitivos, eu escolho os estimulos visuais para guiar a acção, e a psicologia ecologica.
    concluindo a minha opinião: a pTact não traz conhecimento novo. verdade? os termos da ptact já existem sob outras denominações. verdade? o seu quadro conceptual não está minimamente definido. verdade? no entanto ha quem defenda que é a chave de todo o sucesso, embora não saiba ao certo explicar a um leigo em que consiste... quase que é professar a fé no invisivel. verdade?
    então, pessoalemte, acho que se quem fala sobre a periodização tactica fosse procurar a origem dessas ideias (que no geral são bastante boas, para mim) talvez pudesse ter mais sucesso, pois ficaria a coinhecer as teorias que originaram as ideias chave da Ptact, e deste modo seriam pessoas e treinadores mais habilitados para argumentar a fivor das suas ideias, e não se veriam tantos comentarios do tipo... eu achpo que a ptact é isto... eu acho que é aquilo.
    eu, e peço dsc por falar mutias vezes na 1ª pessoa, comecei por ler livros e artigos relacionados com tactica e estratégia, e dai passei por uma infinidade de campos de estudo, do treino fisico á psicologia, da complexidade á motricidade... acho que é um conhecimento um pouco mais solido para poder questionar e aceitar ser questionado.~
    fico a aguardar resposta, passo no blog no minimo, desde que tive a minha primeira partivcipação com o meu 1º post a este topico, de 2 em 2 dias...

     
  • At 12:53 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    peço dsc aos leitores se o post é muito extenso.

     
  • At 1:06 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    e já agora, compartilho a duvida... daqui a quanto tempo ouviremos as frases feitas que aparecem no novo livro sobre J.M., que infelizmnete ainda não tive tempo para ler?
    apenas sou contra o debate de ideias com as ideias de outros, o que não parece ser o seu caso. obrigado e termino por hoje.

     
  • At 12:53 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Caro companheiro,

    as questões associadas às definições dos termos utilizados pelos "acólitos" prendem-se com o facto de ainda ninguém ter teorizado sobre a PT como um modelo de periodização com bases científicas. Não sei se concordo com tudo o que afirma, quando diz que a PT vive da cópia de ideias de outros autores...se reparar bem, como surgiram os modelos de periodização que conhecemos hoje? Todos eles passaram por uma visão diferente de alguém sobre o treino, pela testagem e aplicação dessas ideias no treino, e pela defnição e fundamentação teórica desses conhecimentos. Foi assim com todos eles. E as ideias que deram origem a esses modelos poderiam ser inovadoras em alguns aspectos, mas repetiam as ideias e os conceitos de outros autores obviamente. Penso que neste momento a PT tem um corpo de conhecimentos importante e inovador, tem algumas pessoas que já operacionalizam o treino dessa forma, mas realmente em termos científicos falta investigação experimental sobre a matéria para podermos falar de um modelo de periodização "a sério". Penso que devido a ser bastante recente ainda não houve tempo para que isso acontecesse. Também não sei se vai acontecer, mas olhando para os modelos de periodização do treino habitualmente encontrados na literatura, bem que este nos fazia falta... Quanto à originalidade das suas ideias, nenhum outro modelo de periodização ou autor apresenta o conjunto de conhecimentos que a PT apresenta. E não se trata apenas de ideias plagiadas. E mesmo se fossem, o inovador é o que resulta da reunião de todas as ideias, e não cada uma delas por si... Não sou um dos "acólitos" como já deu pra perceber, mas dou bastante importância a esta corrente de pensamento. Sei que a preocupação do mentor da PT não tem sido publicar os trabalhos, nem definir conceptualmente os instrumentos metodológicos da PT. Tem centrado a sua atenção na transmissão das suas ideias aos alunos, esperando que estes acabem por divulgar e cientifizar essas ideias...não sei se é o melhor caminho...pessoalmente acho que não, mas é um caminho.
    Quanto ao habito e ao "saber fazer que se aprende na acção" não tem nada de contraditório com a "adaptação intencional aos contextos atraves do controlo dos graus de liberdade" que refere..e com a qual também concordo. Pelo contrário, vem reforçar essa ideia pois refere-se à necessidade de vivenciar as aprendizagens em contextos específicos onde a imprevisibilidade e a variabilidade estão necessariamente presentes.
    Relativamente às neurociências, obviamente que eles tentam explicar os processos cognitivos, mas na relação do indivíduo com o meio. A hipótese do marcador-somático não contraria em nada as ideias da psicologia ecológica aplicadas ao treino, aliás até as reforça, pois atribui enorme importância à vivenciação das situações de exercitação, direccionando no entanto o seu enfoque para as consequências emocionais (conscientes ou inconscientes) decorrentes da acção.
    Curiosamente, o princípio das propensões reflecte em grande parte as ideias da psicologia ecológica, uma vez que atribui determinante importância à estruturação dos contextos de exercitação, precisamente para que sejam os jogadores activamente a procurarem a inormação que possa ser pertinente para guiar a sua acção.
    Bem, a nossa discussão está a seguir um rumo em que, no fundo, acabamos por convergir no essencial, parece-me. No final da minha licenciatura comecei a questionar muitas das coisas que me foram "vendendo" durante o curso e esta curiosidade sobre as ideias da PT fazem com que, apesar de não ser acólito", estude, leia e converse sobre estes assuntos à cerca de 5 anos. É um enorme prazer poder trocar ideias e debater consigo. Um abraço e até à próxima.

     
  • At 1:02 da manhã, Blogger Alvaro said…

    Ola amigos,
    Meu nome e Alvaro e vivo nos EUA. Gostei de ter visto este blog e a conversa sobre a Periodizacao Tactica. Tambem concordo que embora nao exista metodos perfeitos este tem muito de positivo. Aqui em Boston onde vivo e dificil achar literatura sobre a PT. Eu ja li o "Porque tantas vitorias" e adorei. Mas agora procurava o livro sobre este tema com mais "substance" (desculpe, nao sei dizer em portugues). Alguem pode me indicar o bom livro? Agradecia muito! Viva Portugal e os grandes treinadores que la estao!
    Alvaro

     

Enviar um comentário

<< Home