Futebol Formação - Futebol Inteligente

Para quem acredita que jogar bem é jogar com a cabeça

2008-03-09

Há que saber sair

Olá,

Neste dia a notícia de última hora no desportivos é a demissão de Camacho. Vou comentar e dizer o que espero, como adepto do futebol.
Camacho sai dizendo que não pode mais. Viera pode?
O Benfica que é presidido por Luis F. Vieira despediu o seu treinador mal começou o campeonato.
Seguramente que houve um erro de cálculo no planeamento da época pelo Director Desportivo pois despedimentos ao inicío são consequências de más decisões. Resumindo a história:
- quem esteve mal continuou.
- O culpado - o treinador - sai.
- Remédio: trazer outro, de preferência que alegre os adeptos.
O verdadeiro resultado está à vista. Todavia acrescentarei que Camacho deveria ter tempo para construir a sua equipa, como acontece em Inglaterra, onde tomam o assunto com seriedade.
Veja-se Mourinho se aceitou treinar a meio da época.
Assim, o trabalho de Camacho não foi respeitado - apesar de se haverem gasto milhões em jogadores comprados no Natal e esperando que funcionem num jogo onde o conhecimento socio-afectivo é importantíssimo - pois os poucos meses não servem para se construir uma equipa com futuro.
Parece-me que o treinador se sente culpado e talvez tenha parte da culpa. Quem terá outra parte será o Director Desportivo que compra e vende, sem prazos, uma verdadeira bandalheira. Continuará este senhor no cargo?
O remédio será trazer outro treinador. Cuidado se seguem os passos que seguiram com Camacho!!!

Muitos dirigentes seguem agarrados ao poder, decidindo sem base de conhecimento, sem planeamentos, sem programas. A verdade? andam a brincar com dinheiro e sentimentos de sócios e adeptos. Chamo a isto, falta de ética, rigor, carácter e irresponsabilidade entre outras...

Meus senhores, aprendam com Camacho, há que saber sair.
Infelizmente é assim,

Abraço,
GRG

3 Comments:

  • At 11:09 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    num jogo onde o conhecimento socio-afectivo é importantíssimo?
    desde que exista organização de jogo, e cada um conheça as suas funções e tarefas, mas tambem a sua liberdade em campo a equipa funciona. os jogadores compreenderem-se social e afectivamente nunca foi o essencial, pelo menos para quem se preocupa com a organização, apenas serve de ajuda principalmente nos periodos em que não há quem organize nem tenha ideias concretas do que quer, ou seja quando as coisas estao uma balburdia, ai a amizade pode ajudar.
    desculpem mas fiquei um pouco chocado por ver uma ideia como esta defendida neste forum, que sempre mostrou bastante interesse pelo treino e pela organização de jogo e agora vem aparecer este topico, mas se calhar sou eu que estou mal.
    a quetão do tempo, é a questão de quem sabe o que quer e tenta por as coisas nos eixos e ai a relação entre os jogadores aparece, ou não, por consequencia,.
    gostava so de salientar que se se procura estabilidade esta deve começar de cima, na direcção, mas que o 1º a pagar não deve ser o treinador, mas os jogadores que mts xs não fazem mais porque não querem... a ideia de terem no balneario o proximo patrao do futebol faz com que eles se preocupem mais em agradar ao patraõ já certo para a proxima´´epoca do que ao ainda incerto treinador para a mesma. não é uma critica ao RC mas a quem o faz conciliar uma função presente com uma função futura ao mesmo tempo.

     
  • At 11:45 da tarde, Blogger Gonçalo Ramos Garcia said…

    Viva,
    Muita ideias interessantes neste comentário.
    O jogo é colectivo. Há interacções entre pessoas? Afectivas sociais e outras.
    A afectividade tem que ver com sentimentos, emoções. Ocorrem no jogo?
    Concerteza será importante e, mais que importante, essencial.
    Organização defendemos neste site. A desorganização também defendemos. Com qual ficamos? Já estamos mais que dentro das teorias da complexidade. A esta eu não respondo.
    O tempo. Fundamental. Para mim significa objectividade, segurança.
    A relação dos jogadores aparece por consequência? Duvido, e muito. Por que é que ainda não apareceu outro Mourinho? Este começou a dar os primeiros passos em 2001. Em 2003 já haviam muitas coisas escritas. 5 anos volvidos e não saiu nenhum outro da "fábrica".
    Creio que a consequência não aparece por aparecer. A meu ver o erro reside aí.
    Sobre a estabilidade, creio que está na base - Formação. Em Espanha chamam-lhe futbolbase. Todavia as ideias deverão vir de cima. Tal como nas casas, há um arquitecto, engenheiro e todas as outras pessoas. Começa-se a construir a casa pela base, para que o telhado não caia.
    Para terminar e continuando com a minha metáfora. Se pomos nova mobilia na casa, quando fechamos os olhos necessitamos de algum tempo para que nos adaptemos às novas diferenças. Não me parece que no futebol seja muito diferente. Os jogadores têm de conhecer-se. É clar que há treinadores que catalizam o processo. Outros...saiem porque não tiveram tempo para...
    Abraço,
    GRG

     
  • At 11:48 da tarde, Blogger Gonçalo Ramos Garcia said…

    Viva,
    Muita ideias interessantes neste comentário.
    O jogo é colectivo. Há interacções entre pessoas? Afectivas sociais e outras.
    A afectividade tem que ver com sentimentos, emoções. Ocorrem no jogo?
    Concerteza será importante e, mais que importante, essencial.
    Organização defendemos neste site. A desorganização também defendemos. Com qual ficamos? Já estamos mais que dentro das teorias da complexidade. A esta eu não respondo.
    O tempo. Fundamental. Para mim significa objectividade, segurança.
    A relação dos jogadores aparece por consequência? Duvido, e muito. Por que é que ainda não apareceu outro Mourinho? Este começou a dar os primeiros passos em 2001. Em 2003 já haviam muitas coisas escritas. 5 anos volvidos e não saiu nenhum outro da "fábrica".
    Creio que a consequência não aparece por aparecer. A meu ver o erro reside aí.
    Sobre a estabilidade, creio que está na base - Formação. Em Espanha chamam-lhe futbolbase. Todavia as ideias deverão vir de cima. Tal como nas casas, há um arquitecto, engenheiro e todas as outras pessoas. Começa-se a construir a casa pela base, para que o telhado não caia.
    Para terminar e continuando com a minha metáfora. Se pomos nova mobilia na casa, quando fechamos os olhos necessitamos de algum tempo para que nos adaptemos às novas diferenças. Não me parece que no futebol seja muito diferente. Os jogadores têm de conhecer-se. É clar que há treinadores que catalizam o processo. Outros...saiem porque não tiveram tempo para...
    Abraço,
    GRG

     

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